Feira de São Joaquim, em Salvador: onde você encontra a Bahia de verdade
Coloco o pé num corredor pouco iluminado. Uma galinha passa voando na minha frente. (— Galinha voa?) Dou um pulinho para trás e um gritinho contido. Respiro e ando mais três passos. Enfio o pé na jaca. Literalmente. Na barraca ao lado, um bode mugindo. (— Bode muge?) Batizei, crismei. Havia chegado à Feira de São Joaquim, a maior feira livre de Salvadô!
Camarão seco, farinha, quiabo, frutas, peixes, carne. Cerâmica e incenso. Imagens de santos. Batata, tomate, animais vivos. Pimenta, muita. Pimenta vermelha, de cheiro, baiana, dedo de moça e japonesa. Tem jiló, tamarindo e vela preta. Raízes milagrosas. Curam mau olhado, espinhela caída e verruga no queixo. Traz a pessoa amada em três dias.
É o cenário brasileiro mais rico que conheci. Um mergulho profundo, sem recortes, na realidade cotidiana da população de baixa renda, gente que busca no local alternativas econômicas para encher a sacola. Tomate? Dois real o quilo. (Você não escutou mal, eu falei t-o-m-a-t-e mesmo). Quiabo? 50 unidades pelo mesmo preço. Rapadura, tapioca, xinxim. Chifre de boi. Vai do freguês.
A Feira de São Joaquim tem quase 35 mil metros quadrados e ocupa umas 10 quadras na Cidade Baixa da capital baiana. Está em processo de revitalização. Já existe até uma ala nova (ainda provisória), onde os boxes estão distribuídos de forma limpa e ordenada. (Mas a parte xexelenta da coisa é muito mais inusitada).
Como há poucos relatos sobre a feira resolvi fuçar no TripAdvisor e encontrei apenas duas resenhas sobre o local: uma avaliava o passeio apenas como razoável e a outra como péssimo. E só por isso deduzi: acho que vou gostar deste lugar (muitas vezes retratado nos trabalhos de Di Cavalcanti, Carybé e Jorge Amado)
Quase nenhum guia de viagem (para não dizer simplesmente NENHUM) indica uma visita à tradicional Feira de São Joaquim. (Tá, o Guia Quatro Rodas faz uma menção à feira. Em cinco linhas. Para não passar batido. Só.) Lendo sobre a história do lugar percebi ali um enorme potencial para o turismo, digamos, alternativo.
Aqui não tem baiana com roupa colorida nem meninos fazendo show de capoeira para curitibano ver. Você não será abordado por ninguém pedindo dinheiro. As casinhas coloridas do Pelourinho dão lugar a boxes escuros e apertados. O acarajé está in natura, disfarçado de farinha e feijão fradinho.
Qualquer incursão antropológica aciona meu software interno do papo cabeça. A antropologia, aliás, aqui não é só modo de dizer. Conhecer a feira é quase um estudo de campo. A observação do cotidiano, das relações estabelecidas entre os personagens e o ambiente renderiam um artigo memorável sobre o baiano de raiz, nossas relações com a África, a história da Bahia ou a memória e identidade do Brasil.
Alguém descreveu que o lugar é sujo e cheira mal. Não é bem assim. Mais honesto seria dizer que boa parte da feira é imunda é fede bagarai! Proooonto. (Como só eles sabem dizer!).
Consciente desta descrição realista, conforme prevê o método etnográfico da antropologia, não há como se decepcionar uma vez que você já sabe o que vai encontrar em boa parte do recinto. Do resto, é maravilhoso. Tem feirante jovem, velho, malandro, simpático e até aquele sem camisa todo trabalhado no Abará. (Suspiro.)
Os sentimentos se desencontram. Fiquei assustada. Curiosa. Dei risada alta. Tive nojinho. Fiz pergunta boba. Andei desorientada. Passei 20 vezes pelo mesmo corredor. São quatro mil boxes. Sete mil feirantes.
Fiquei mais de duas horas perambulando pelo local. Não vi um turista sequer, assim, tipo eu: cara de tonta com máquina fotográfica na mão. Se havia alguém ali de fora da cidade visitando apenas por curiosidade (assim, tipo eu) estava disfarçado de feirante.
Detodosmodis, a Feira de São Joaquim tem sido cada vez mais visitada pelo turista cansado de lugares para… turista. (Aquela lengalenga a que você já está acostumado). O filme Cidade Baixa (2005) do diretor Sérgio Machado (com Wagner Moura e Lázaro ramos como atores principais) tem cenas ambientadas aqui. Depois da estreia (e do sucesso) do premiado longa, não só no Brasil — mas mundo afora, os trabalhadores da feira viram o movimento aumentar.
A microssérie O Canto da Sereia, exibida pela Rede Globo, também contribuiu para aguçar a curiosidade de quem gosta de cultura popular. A obra teve diversas cenas gravadas no mercado.
A feira começou na década de 30 e se chamava Água de Meninos. Mas nos anos 60, dois incêndios destruíram quase todas as barracas. Mesmo sem um plano de reestruturação a feira foi se reerguendo e hoje ocupa uma área gigantesca. Oficialmente a Feira de São Joaquim tem 45 anos, período em que o terreno de ocupação — onde ela começou — foi regulamentado.
Descendentes de africanos escravizados ainda trabalham por aqui. O local é polo distribuidor de artesanato em cerâmica do Recôncavo Baiano e de produtos religiosos usados em candomblé. Até cabeça de bode recém-cortada estava exposta para venda. (A Feira de São Joaquim é para os fortes, migo!)
A revitalização tem investimentos de R$ 61 milhões. O Ministério do Turismo está aplicando R$ 29 mi e o Governo da Bahia mais R$ 32 mi. É grana pra dedéu! O plano prevê, principalmente, a melhora da higienização e acessibilidade, preservando as características históricas da feira. Já o IPHAN tenta o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil. E quando a obra terminar e o título for concedido, eu — orgulhosa — vou poder dizer: estive lá nos tempos em que a carne (e a cabeça de bode) era vendida ao ar livre.
A Feira de São Joaquim é seu número. Isso, para você aí que reclama tanto dos lugares manjados e coalhados de turistas. É o tipo de experiência que mostra um mundo por trás da garrafa de dendê. Vá sem medo. Só não aceito reclamações depois!
SERVIÇO
Feira de São Joaquim
Local: Av. Oscar Pontes, s/nº | Comércio | Salvador – BA
Funcionamento: segunda a sábado, 6h às 17h e domingo, das 6h às 13h.
Como chegar: você pode pegar o ônibus “Ribeira – Via Dendenzeiros” em frente ao Mercado Modelo e pedir para descer próximo à feira. O táxi do Mercado Modelo à feira custa em torno de R$ 15.
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Fotos: Sílvia Oliveira | Todos os direitos reservados ©
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Era impensável ver a feira de são joaquim retratada desta maneira, tão leve, bonita e despojada! Voc~e disse muito bem, o lugar é sujo, tem mal cheiro, mas é a cara da bahia, do brasil, nosso história pura. As fotos estãp belíssimas! parabéns!
Deu vontade de conhecer. Não conhecia a feira, valeu pela dica!
Que overdose de (ótimas) fotos! Mas acho que ‘só’ assim para traduzir o local. Muito bacana mais uma vez. Fugir dos pontos batidos só melhora a viagem.
Oii Silvia, sem duvida uma bagunça organizada e bonita de se ver pelas suas lentes rss ,o retrato de Salvador, ficaram ótimas as fotos, não conheço Salvador ainda, na listinha de prioridades ela está bem no final rsrs mas quem sabe qualquer hora surge uma oportunidade inesperada! Bjosss
Matéria maravilhosa!!! Com certeza é uma mergulho “na alma baiana”.
Parabéns pela sensibilidade e obrigada por esse passeio….
abraço
Maria.
Olá, encontrei seu site por acaso e adorei esse post. Sou Baiana e a Feira de São Joaquim foi muito bem retratada aqui. Parabéns!
amei a matéria. Parabéns, você é mesmo porreta.
Êita! 🙂
Oi bom dia Silvia,
Estou a trabalhar num documentário cinematográfico sobre a Ferrovia no Brasil, e estamos a procura de um “feirante”, de um comerciante que utilize o trem para ir trabalhar na feira de São Joaquim. Será que nos pode ajudar nesse sentido, a encontrar alguém que possa conversar um pouco connosco?
Obrigada
Olá, Mariana! Talvez seja interessante entrar em contato diretamente com os organizadores da feira! Abs!
Sou baiano de coração e fiel admirador da sua cultura popular, seu artesanato suas belezas naturais, e principalmente pelo nosso povo com o seu jeito, seu “dengo”, seu jeito de falar e pela força em vencer as grandes dificuldades com garra, alegria, fé e otimismo.
A sua matéria foi demais: clara, direta, verdadeira, retratando esta linda , “feia” , humana e pitoresca Feira de São Joaquim mas de uma beleza plástica fantástica, como você bem retratou em suas belas fotos.
PARABÉNS SÍLVIA
Valeu, Luiz! Obrigadão! 🙂
e a mapa para chegar?
Olá, Dave! Não precisa de mapa, o “Como chegar” está no final do texto! 😉
Absolutametne amei o teu post, as tuas fotos . Me senti andando por esta feira contigo tal o poder da tua narrativa.E vou anotar para quando voltar a Salvador um dia.
Legal, Valentina! 🙂
Amo a feira! Vou lá sempre q venho para cá ( umas 4 vezes por ano) . adorei sua descrição!,, idem, idem e idem para tudo. Assino em baixo!,
Valeu, Tuca!
Salve Silvia Oliveira
Parabéns pela belíssima matéria sobre a Feira de Sao Joaquim, é um local de uma riqueza cultural e que representa muito a diversidade de Salvador.
Vai uma dica próxima oportunidade não deixe de visitar o Recôncavo Baiano é uma experiência única na terra do massapé.
Claudio, obrigada pela dica. Quero muito conhecer essa região, sim! abs!
Sabe Silvia, passo pela Feira todos os dias e o meu olhar era sempre do cotidiano: viciado e e sem beleza. Até que um dia me vi interessada em escrever sobre a Feira de São Joaquim, muitos acharam inusitado outros me lançaram um olhar de indiferença. Quando li a sua matéria, cheia de detalhes e sensibilidade obtive a certeza de que não estou errada.
Obrigada por tratar a comunidade de maneira tão simples e ao mesmo tempo tão rica de sensibilidade.
Um abraço
Oi bom dia Ana,
Estou a trabalhar num documentário cinematográfico sobre a Ferrovia no Brasil, e estamos a procura de um “feirante”, de um comerciante que utilize o trem para ir trabalhar na feira de São Joaquim. Será que nos pode ajudar nesse sentido, a encontrar alguém que possa conversar um pouco connosco?
Obrigada
amei esse lugar estava fazendo uma pesquisa procuro uma pessoa que tinha barraca ai seu luiz santos esposo de Berenice morais santos procuro esse casal a 45 anos mim ajuda ai a encontra-los eles são meus tios não os conheço obrigado!!!!
Parabéns pelo post. Somos “entupidos” por pontos turisticos e quase não vemos o estado de verdade. A Feira não é para turista que quer “turistar”. A feira é para quem mete o pé na jaca mas consegue enxergar a beleza disso. Existem vários ângulos que podemos enxerga-la. Todos só veem o lado negativo. Mas você conseguiu transformar a feira em poesia, num post belissimo!
Parabens!
Obrigada, Paula! Você resumiu bem, não é uma feira para turistar, é para ver a essência das coisas! 🙂
estive na feira de São Joaquim fazendo uma visita técnica pela faculdade, amei o povo : alegre , comunicativos e muito sabedor da historicidade da feira, principalmente os mais antigos feirantes. A feira globaliza a Bahia no geral, pois, traduz um pouco das culturas regionais de nosso estado. O local, realmente precisa de uma boa higienização, porém, será que não perderia as características naturais de uma feira!? pisa-pisa de gente pra tudo que é lado, correria, suor, cerveja e beleza, paquera, pois há espaço pra tudo, eta povo guerreiro! Parabéns pelo trabalho.
Oi bom dia Glicia,
Estou a trabalhar num documentário cinematográfico sobre a Ferrovia no Brasil, e estamos a procura de um “feirante”, de um comerciante que utilize o trem para ir trabalhar na feira de São Joaquim. Será que nos pode ajudar nesse sentido, a encontrar alguém que possa conversar um pouco connosco?
Obrigada
Oi estou indo a Salvador pela primeira vez procurando temperos baianos me vi diante de alguem muito sensivel e sem frescura vou ficar na barra mais vou visitar esta feira muito legal so quero saber se posso trazer alguns temperos no avião pois vou arrebentar na minha comida aqui no rio vai ser pimenta pra tudo quanto e lado kkk e muito camarão desde ja aguardo sua resposta vou viajar em 28 de outubro
Oi, Angelica! Pode trazer temperos, sim, desde que bem armazenados! Abs!
Cheguei em Salvador e fui hoje (sábado de manhã) conferir esta feira, que depois de ler o post fiquei muito curiosa e também queria aproveitar pra comprar os produtos que são vendidos! Infelizmente, nos primeiros dez minutos aconteceu algo bem ruim que estragou o passeio: arrancaram minha corrente do pescoço. Era grupo de quatro meninos. E pela de reação de todos em volta, parecia que era algo normal. Era uma corrente simples, não era chamativa, mas depois fui informada por um motorista de taxi que esse tipo de coisa acontece lá. Por isso, aconselho quem for a ficar atento pra isso.
Ah, que chato, Viviane! Espero que você esteja bem! Pois é, isso pode acontecer em qualquer lugar. Minha tia foi roubada em Barcelona e uma amigo, aqui em Curitiba em pleno centro da cidade, de dia. Obrigada pela dica! Temos que estar atentos, sempre!
Oi, tudo bem? Muito boa sua reportagem da feira de São Joaquim, faz tempo queria ir lá, mas como é longe de onde moro e sempre tem o estigma da sujeira, sempre deixo para depois, mas estava com aquela vontade “danada” rs rs, de ir lá e comprar várias coisinhas, tempero, cerâmica, nossa, ficaram lindas as fotos, bem o retrato do povo trabalhador esse da feira, sabe, aquele lugar que tem tudo, de modo simples e bacana. Parabéns, vou lá,d ar uma passadinha.
Ola conheço o mercado é um mundo incrivel, mais quando estive foi a passeio sou de Curitiba e gostaria de saber se há um telefone para que eu passa comprar alguns produtos. talves aja um tel de administração.
desde de ja obrigada a todos.
Comi a melhor muqueca de salvado na feira deSao Joaqim restante vermalho uma maravilha..
Amo ir a Feira, até lá Salvador.
Bela saída fotográfica. Amei o trabalho fotográfico e o texto.
Quando foram tiradas as fotos?
Em março de 2013. Abs!
Estou louca a procuja de cagado jabuti ou tartaruguinha pra comprar na feira de são joaquim vende?
Ahh, adorei a matéria! Só fiquei meio grilada pq sou vegetariana rs, e ver cabeça de bode exposta será meio complicado. Mas seu texto foi belíssimo e agradeço muito por colocar o endereço e o transporte público pra chegar até o local, pq até agora não tinha achado (e olha que já estou a um tempo procurando).
mt obrigada!
Olha, Bianca, eu que não sou vegetariana quase tive um treco… é forte ver aquilo! Por isso que eu disse que a feira não é para os fracos! 🙂
Conheci a Feira dos Meninos em 1982, em minha primeira viagem, com uma amiga baiana, dizendo que os preços eram melhores e que era o local onde os baianos compravam, diferente do Mercado Modelo, eu adoro feira e mercados, sempre que viajo vou a todos, fico horas andando e procurando coisas que me rementam a infância. Estive na feira pela penúltima vez em 2008, e sempre que vou levo meus amigos, que ficam espantados com as bugigangas e com os preços, retorno amanhã em Salvador, e na 6° estarei na feira, apresentando para meu marido, espero tudo de bom.
adorei ver a feira,fiquei com vontade de ir ate la,quero saber o telefone dos vendedores de camarao,que vi na feira,e possivel?preciso urgente.
Silvia, cheguei aqui por acaso. Faço pós em Formação de Escritor, aqui em Sampa, e estava com a incumbência, de final de disciplina, de escrever um conto. Arrisquei em enveredar pelo que a memória me trouxe nos exercícios de aula: um dia em que eu e uma amiga, com 11 e 09 anos, respectivamente, tomamos pela primeira vez, sozinhos, o trem que ia da Calçada para o subúrbio, onde morávamos, em Salvador, Ba. Daí, comecei a relembrar, pesquisar sobre a área, sobre a Baia de Todos Os Santos, as feiras e cheguei aqui. Como me diverti com o seu texto. De cara, ri do Salvadô… Eu pronuncio assim… rsss… e nem me dava conta…rsss. Ri, também, do “bagarai”, embora eu ouça mais e pronuncie o “pacarai”. Seu texto é vivo e vc viva no texto. Muito bom ter apreciado um recorte inteligente, sem os preconceitos costumeiros, mas cheios de verdades. A feira de São Joaquim vive em todos nós baianos, pelo menos nos da minha geração. Minha mãe é uma fã da Feira e desde menino me levava com ela, quando saíamos para comprar os ingredientes do cozidão do sábado. Muito legal acompanhar um outro olhar que olha pra nossa gente e costume com humor, mas, acima de tudo, com respeito. Parabéns!!
Que bacana, Zeel! Obrigada pela visita! 😉
Sou baiana de coração e acho esse lugar fantastico! Viagem no cerne da bainidade. Ha uma banca de venda de camarão seco na entrada que tem o feirante mais lindo do Brasil seu codinome é pai- de-santo! Ele rala coco na hora e tem o melhor camarao seco da feira!
É DELIRANTE ENCONTRAR PESSOAS COMO VOCÊ SILVIA .ESSA É UMA DAS FORMAS DE PRESERVAR O NOSSO PATRIMÔNIO ,BELO,MAS ESQUECIDO. SÃO POUCOS AQUELES QUE VALORIZAM O QUE TEM E O QUE DESCOBRE,CONTINUE ASSIM PORQUE TEMOS MUITO O QUE DOCUMENTAR. OBRIGADA E VÁ EM FRENTE.
Valeu, Norma! Obrigada pelas palavras! 😉
Ótimo texto. É exatamente como voce falou é lugar pra o turismo alternativo, para aqueles que cansaram da mesmice dos pontos turísticos, pra quem mora na cidade não passa de uma feira mas quem é de fora ver realmente a cara do Brasil. Levei um amigo japonês na feira e ele adorou 🙂
Que bacana, Fernanda! 🙂
gostei porque fala espécificamente dos alimentos vendidos na feira meu pai ja esteve la varias vezes e ama fazer compras la na feira
Parabéns!
Sou de Salvador gostei muito da Materia, la na feira o passeio e indescritível, você encontra todos os tipos de coisas, Objetos religiosos, Açougues,peixarias,etc..
Vale a pena fazer uma visita,Novas descobertas e atraz de cada coisinha tem um pedacinho da nossa história, com foi dito o lugar não cheira muito bem (Alguns lugares) pelo fato dos alimentos frescos expostos, visitem e seja bem vindo a Salvador!
Cara, que bela descrição! Confesso que moro em Salvador, mas nunca fui à feira. Depois dessa, vou correndo conhecer. Parabéns pelo resumo bem feito da sua visita. Fiquei encantada…
Valeu, Jéssica! Tem que ter o olhar apurado para reconhecer a essência da Feira de São Joaquim! Abs!
eu quero saber ser tei coisa pra canoble em chapeu e ropa tei muita e
lar tei chapeu pra canoble
É possível encontrar pau de cabinda na feira de são joaquim?
a feira de sao joaquim e massa eu quase toda semana estou la e as coisas la e muito mais enconta,e depois bato uma gelada a melhor cerveja de salvador esta na feira de sao joaquim e a carne do sol de bete da rua do fato e a melhor quando vc for na feira va ne bete pra vc ver que carne do sol e a melhor da bahia
Olá, gostaria de saber se vende galinha caipira abatida?!
Ola, gostei mto da materia, sou feirante há 15 anos, e concordo com tudo q foi colocado,
Sigam a pagina no Instagram @feiradesaojoaquim e venham conhecer mais ainda os detalhes dessa maior feira livre de Salvador.
Sou de salvador e você conseguiu passar uma visão quase romântica da feira de são joaguim, compro muita coisa la, muito coisa que vem dos interiores, belo artigo e belas fotos
Penso que, para conhecer um lugar você tem que vislumbrar como um povo vive, os produtos típicos dessa terra e a forma como esse povo se comporta. A feira de São Joaquim traz um pouco disso tudo e onde o caótico tem a sua beleza!!! Nós deparamos com um povo educado, simples e sem o desejo de explorar o turista.
Oi, concordo 100% com seu post, que amei, saiba que quem trouxe p la foi meu marido, advogado italiano, que eu paulista conheci num reveillon em Salvador. Ele foi p la ja em 2003, atras das historias de Jorge Amado. Ja levamos nossas filhas no Natal do ano passado, foi uma viagem no tunel do tempo, e do espaço alias, ja que moramos em Milao …
Que bacana, Lais! 🙂